sexta-feira, 4 de maio de 2012

Caule


Chama-se de Caule o órgão condutor de seivas- seiva bruta como elaborada- e que sustenta a copa das árvores. Possui gemas (apical e axilar) de onde brotam os nós, os ramos, as folhas e as flores.  Há o meristema, tecido responsável pelo crescimento do caule.

                                             Anatomia
O Caule das plantas vasculares é um corpo subcilíndrico  formado por camadas sucessivas de diferentes tecidos:

Córtex : É a camada externa do caule e  da raiz das plantas  vasculares sem crescimento  secundário limitado externamente pela epiderme e internamente pelo periciclo. Formado pela epiderme (nas plantas jovens) e pelo colênquima.
Súber: É um tecido vegetal de proteção mecânica e impermeabilizante que substitui o córtex das plantas vasculares com crescimento secundário - é a casca das plantas lenhosasA cortiça é o resultado da morte deste tecido. O súber é um parênquima formado do lado externo do caule pelo câmbio cortical.
Câmbio cortical:  Está presente apenas nas plantas com crescimento secundário. É uma camada cilíndrica de células indiferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a células diferenciadas. Esta casca vai substituir a epiderme primária, que vai se rompendo e secando à medida que os novos tecidos internos se desenvolvem continuando a proteger a planta.Em certas árvores,esta casca,se desenvolve podendo ser retirada parcialmente sem danificar a planta.
Floema: É o tecido das plantas vasculares encarregado de levar a seiva elaborada pelo caule até à raiz e aos órgãos de reserva. Nas árvores e outras plantas com crescimento secundário, o floema é parte do córtex.
Câmbio vascular: É uma camada cilíndrica de células que se estende por todo o tronco e raiz. As células meristemáticas são indiferenciadas e reproduzem-se continuamente, dando origem a dois tipos de tecidos o xilema e o floema.
Xilema: É o tecido das plantas vasculares por onde circula a água com sais minerais dissolvidos - a seiva bruta - desde a raiz até às folhas. Nas plantas com crescimento secundário, dá origem ao lenho.
Medula: É o vestígio deixado no centro do tronco pela estrutura apical a partir da qual se desenvolveu o tronco da planta. A sua posição marca o centro de crescimento a partir do qual se gerou o engrossamento da árvore. 



                   O caule é composto de quatro partes

 Nó: Região caulinar de onde partem as folhas e os dá origem aos brotos laterais.
 Entrenó: Região entre dois nós.
 Gema apical: Situada no ápice, constituídas por escamasPodem produzir ramos foliosos, flores e promover crescimento. Há gemas nuas, isto é, sem escamas.
 Gema lateral: De constituição semelhante á anterior e que pode produzir ramo folioso ou flor. Situada na axila de folhas, chama-se também gema axiliar.

                                                         Tipos de caules
Caules aéreos

Tronco- Resistente e cilíndrico mais largo na base que no topo, com ramificações, que se formam a partir de certa altura. É o caule exclusivo das árvores. Exemplo: Goiabeiras.
















·        Estipe- São geralmente não ramificados que apresenta em seu ápice um tubo de folhas. Cresce perpendicularmente ao solo e produz gemas entre os espaços. Possuem formato relativamente cilíndrico, de espessura maior que a dos colmos e folhas com somente uma ponta. Exemplo: Palmeira.







      Colmo- É um tipo de caule encontrado nas gramíneas,seus nós e entrenós são bem visíveis, e podem ser ocos ou cheios. Exemplo: Bambu e Cana-De-Açúcar.







      

      Trepadeiras-  São aqueles que cressem fixando-se em suportes, como estacas, cercas e muros. A fixação pode ser através do enroscamento do  caule em torno do suporte ou através de elementos de fixação. Exemplo: Uva. 
 












      Estolho- É um caule rastejante com as características típicas de um caule ereto, se fixam por meio de raízes adventícias. Exemplo: Melancia.











      Cladódios- É um típico de modificação caulinar, típicas de plantas xerófilas, com presença de clorofila e grande quantidade de água armazenada internamente. Essa especialização geralmente é acompanhada pela diferenciação das folhas em espinhos,protegendo o vegetal  contra os predadores e contra a perda de água. Exemplo: Cacto. 







       Caules subterrâneos
      

      Bulbo- Tipo de órgão vegetal que inclui uma parte correspondente ao caule, de forma dicoidal, da qual partem raízes e folhas modificadas que servem como órgão de armazenamento de nutrientes que servirão  a planta durante a época em que perdem a parte aérea, perdendo, portanto a capacidade de realizar a fotossíntese. Exemplo: Cebola. 









      Tubérculo- Caule arredondando com concavidades  que algumas plantas desenvolvem abaixo do solo como órgãos de reservas de energia como o amido. Exemplo: Batata-Inglesa. 









       Rizoma- Ele cresce horizontalmente mas pode ter porções aéreas. São importantes como órgãos de reprodução vegetativa ou assexuada de diversas plantas ornamentais. Exemplo: Bananeira. 













     Xilopódios-  É uma estrutura subterrânea ,hipertrofiada e espessa, que acumula água. Algumas regiões da raiz estão dispostas no xilopódio, nesse caso não é possível  diferenciar o caule da raiz. Exemplo: Mamãozinho-de-veado.